Na noite desta quarta-feira (20), a Santa Casa de Formiga e o Ministério Público realizaram uma reunião com a presença de representantes da sociedade formiguense, para uma prestação de contas sobre a atual situação da entidade, desde que a nova gestão assumiu, em 2018, representada pela Gestora Executiva, Myriam Araújo Coelho e pelo Superintendente Administrativo, Marcos Caetano.
A reunião foi conduzida pelo promotor, Guilherme de Sales Gonçalves, e representantes da Santa Casa de Formiga que apresentaram dados de como o trabalho tem sido realizado durante esse período e também os principais problemas que a entidade enfrenta para manter os serviços em funcionamento.
Myriam iniciou apresentando os nomes do comitê gestor da entidade que é formado por membros de várias áreas atuantes dentro do hospital. Ela comentou sobre a estrutura física do hospital e explicou o motivo das obras realizadas nos últimos anos, que inclui a Adequação da Estrutura do Serviço Administrativo; Reforma da UND; Aquisição de Toldos para os quartos de Enfermaria da Maternidade; Cobertura metálica para o telhado; Reforma UTI Neonatal, Reforma Maternidade, Construção do Centro Obstétrico e Construção de alojamento para as mães da UTI Neonatal; Construção Unidade de Isolamento com 4 leitos individuais (Ala 1), Implantação de Rede de Gases Medicinais para 34 leitos e Aquisição Poltronas para Alas do SUS; Construção Pronto Atendimento e Sala Vermelha; Reforma 10 quartos Ala 3 – Particular e Convênio (com aquisição de TV e ar condicionado e sofá cama); Revitalização da Portaria Interna e Administrativa e Fachada da Santa Casa; Reforma CTI Adulto – 18 leitos (troca de piso e instalação de rede de gases medicinais e rede de água para máquina de osmose (Hemodiálise); Construção Necrotério e Abrigo de Resíduos; Ateliê de Costura (Aquisição de máquinas de costura e peças de tecidos) e Reforma Centro de Imagens. Além das obras que ainda estão em andamento como a Construção PACE – Posto de Coleta de Sangue do Hemominas; Construção da CME – Central de Material de Esterilização e Construção do CTI Geral com 10 leitos. Todas as obras totalizaram o valor de R$ 3.132.187,97, valor este que é resultado de emendas parlamentares, recurso próprio do hospital e doações.
Sobre os serviços assistenciais, Marcos Caetano falou de aumento de serviços durante este período e o que ele significa para toda a população, além da alteração nos serviços administrativos da entidade para melhor funcionamento do hospital. Marcos também explicou sobre a parte financeira da entidade que a nova gestão tanto tem lutado para colocar em dia, beneficiando todos os colaboradores, e apresentou o fluxo de caixa com as receitas e despesas atuais.
O assessor jurídico, Antônio Monteiro e o representante da Contal falaram sobre as ações trabalhistas e cíveis, e sobre o posicionamento contábil do hospital.
Por último, foram apresentadas as ameaças para a sustentabilidade financeira da entidade que se baseou no custo mensal para aquisição de medicamentos e materiais; a OPME (Órteses, Próteses e Materiais Especiais); o piso salarial da enfermagem aprovado pelo PL2564/2020; a dívida com a CEMIG que está no valor de R$ 2.907.105,80; o Bacen Jud e as ações trabalhistas da UPA Padre Roberto, em Divinópolis.
O promotor de Justiça, Guilherme de Sales Gonçalves, encerrou a reunião falando da importância do trabalho que tem sido feito na Santa Casa de Formiga, porém, comentou que é importante que os Irmãos Benfeitores e toda a sociedade ajudem a decidir qual será o destino desta entidade centenária e tão importante para o município.
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