Os serviços da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal da Santa Casa de Formiga poderão ser novamente paralisados, desta vez, por falta de mão de obra médica. A unidade foi reaberta em janeiro de 2019 e é de extrema importância para Formiga e região.
Para a reabertura da Unidade, foi formada uma escala de trabalho com a equipe que trabalhava antes do fechamento da UTI Neonatal. Estes médicos receberam os atrasados de 2016 e 2017 e assumiram a escala, porém, com o passar do tempo, eles foram deixando de assumir os plantões. Desde o final de maio, os profissionais que compunham a escala não quiseram mais assumir os plantões e a Administração vem encontrando dificuldades em manter uma escala de atendimento 24 horas. O diretor técnico, Dr. Yuri, vem se esforçando para a manutenção da escala.
Além do problema com escala de médicos neonatologistas, existe também a necessidade de se manter uma escala de Pediatria que dê suporte para as altas da UTI Neonatal.
Durante estes meses após a reabertura, foram atendidos 16 neonatos, o que demonstra a necessidade e a importância de se manter a Unidade em funcionamento. Caso os serviços da UTI sejam novamente paralisados, os recém-nascidos que necessitarem de cuidados especiais, serão transferidos para Belo Horizonte ou alguma outra cidade no Estado, o que deixa a nossa região desassistida em relação às gestantes.
O setor da Maternidade não está credenciado para atender a gestantes de alto risco e o acesso dos recém-nascidos para a UTI Neonatal acontecem por meio do SUSFácil ou via SAMU. Muitos gestores de saúde da região entendem que, por existir a UTI Neonatal, o nosso serviço de Maternidade é para gestante de alto risco, o que não é institucionalizado pelo SUS.
O vazio assistencial permanece na região oeste mas a Administração da Santa Casa precisa de uma equipe de médicos que fiquem de plantão 24 horas, de segunda a segunda, caso contrário, não terá como manter os serviços da UTI Neonatal.