A Santa Casa de Caridade de Formiga iniciou na última semana a realização de cirurgias de otorrinolaringologia que estavam paralisadas há cerca de três anos. Os procedimentos estão realizados com recursos do Pro-Hosp pactuados por municípios da microrregião e com recursos disponibilizados pela Câmara de Vereadores de Formiga. Mais de 30 pessoas serão operadas pelo SUS, na nova fase de procedimentos.
A gestora de área de internação, Jaqueline Ferreira destaca que a procura pelas cirurgias sempre foi grande e que agora será possível cobrir parte da demanda. “Essa nova pactuação entre os municípios vai permitir que as cirurgias sejam realizadas novamente. São procedimentos difíceis de conseguir na nossa região pelo SUS e, agora estamos muito satisfeitos em poder suprir um pouco desta demanda que é tão grande”, enfatizou.
O médico que realizará as cirurgias, Dr. Gil César Paiva, comparecerá à Santa Casa uma vez por semana e fará os procedimentos até a finalização de toda lista de pacientes, que foi previamente formulada em cada município junto às suas Secretarias de Saúde. Os 37 pacientes que serão submetidos às cirurgias são de Formiga, Iguatama, Pains e Bambuí.
Os recursos usados do Pro-Hosp foi pactuado em 2017 e até o presente momento não havia sido utilizado por falta de um especialista para realização das cirurgias. Já o recurso da Câmara, diz respeito a uma verba que não foi utilizada e, assim, devolvida ao município que, por meio de um convênio fez o repasse à Santa Casa. O Convênio celebrado entre a Prefeitura e o hospital diz respeito ao Fundo Municipal de Saúde.
No documento consta que o repasse do recurso financeiro é exclusivamente para cobrir despesas para a realização de cirurgias eletivas disponibilizadas, conforme capacidade técnica instalada pelo hospital e selecionada conforme a demanda reprimida constante no setor de marcação da Secretaria Municipal de Saúde.
Procedimentos
Os procedimentos realizadas pela Santa Casa serão de Adenoidectomia, que se baseia na retirada de um tecido localizado no fundo do nariz e Amigdalectomia, que trabalha com a remoção de tecidos localizados no interior da orofaringe. Geralmente essas cirurgias são demandadas por pacientes, cuja principal queixa é a obstrução nasal decorrentes de alterações anatômicas.
A gestora de área de internação ressalta que as cirurgias são feitas mediante anestesia geral e sem cortes. “São procedimentos feitos por dentro do nariz mesmo sem qualquer interferência externa não havendo inclusive, dor durante o processo que deve durar em média duas horas”, disse.
Para que o paciente se submeta à cirurgia é necessário que ele passe por exames pré-operatórios ou mesmo complementares, que serão solicitados mediante cada caso. Será necessário que o paciente informe durante o preparo para a cirurgia todos os medicamentos que utiliza no tratamento de doenças, caso haja algum. As demais coordenadas para a realização da cirurgia são repassas aos pacientes individualmente, no ato da consulta.